sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

As Imortais Células HeLa

Em 1951, uma mulher americana, afro-descendente chamada Henrietta Lacks foi ao Hospital Johns Hopkins para ser tratada de um câncer de colo  úterino. Sem que soubesse suas células  foram disponibilizados para a pesquisa científica. Apesar da cirurgia em que foi submetida e do tratamento com radioterapia, Lacks morreu mais tarde naquele ano, mas sua linhagem de células – conhecidas como HeLa (sigla criada com as iniciais do seu nome ) ainda vivem e são utilizadas em diferentes áreas na pesquisa científica.
O fato de ter permanecido tanto tempo nas pesquisas é dado à enorme longevidade das células e na facilidade de cultivo e proliferação. São chamadas também de células imortais, por se dividirem um número ilimitado de vezes in vitro, uma característica compartilhada pela maioria das células malignas. Por  estes e outros motivos, que se tornaram células padrões para muitos estudos.Em comemoração à contribuição involuntária de Lacks para a ciência, 11 de outubro foi proclamado o seu dia oficial.
O site/blog WIRED Science publicou um infográfico com as descobertas realizadas com estas células. Realmente impressionante. O que pensaria se soubesse dos avanços que trouxe para ciência? fonte: Bio Interativa

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

wwp2 media Ubiquitinação da RNA polimerase em células embrionárias pluripotentes de ratos

Ubiquitination and the degradation of the large subunit of RNA polymerase II, Rpb1, is not only involved in DNA damage-induced arrest but also in other transcription-obstructing events. However, the ubiquitin ligases responsible for DNA damage-independent processes in mammalian cells remain to be identified. Here, we identified Wwp2, a mouse HECT domain ubiquitin E3 ligase, as a novel ubiquitin ligase of Rpb1. We found that Wwp2 specifically interacted with mouse Rpb1 and targeted it for ubiquitination both in vitro and in vivo. Interestingly, the interaction with and ubiquitination of Rpb1 was dependent neither on its phosphorylation state nor on DNA damage. However, the enzymatic activity of Wwp2 was absolutely required for its ubiquitin modification of Rpb1. Furthermore, our study indicates that the interactionbetween Wwp2 and Rpb1 was mediated through WW domain of Wwp2 and C-terminal domain of Rpb1, respectively. Strikingly, downregulation of Wwp2 expression compromised Rpb1 ubiquitination and elevated its intracellular steady-state protein level significantly. Importantly, we identified six lysine residues in the C-terminal domain of Rpb1 as ubiquitin acceptor sites mediated by Wwp2. These results indicate that Wwp2 plays an important role in regulating expression of Rpb1 in normal physiological conditions. Ver matéria (aqui)

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

efeito condrogênico da BMP-2 na diferenciação de células-tronco mesenquimais humanas adultas

Articular cartilage is essential for the motion of the skeleton. However, this tissue is unable to spontaneously repair once injured, since it is avascular and aneural. Numerous repair strategies are developed, but they do not lead to a functional tissue and research into cartilage repair focuses now on tissue engineering technics. Adultmesenchymal stemcells (MSC), present in various tissues, have the potential to differentiate into chondrocytes in vitro in response to specific growth factors. The members of the transforming growth factor b, among them the bone morphogenetic protein (BMP)-2, appear very promising inducers in this context. BMP-2 favours chondrogenic expression, in particular expression of type IIB collagen, the cartilage-specific isoform of this collagen. Therefore, collagen type IIB is a good indicator of the differentiation state of MSC. However, since BMP-2 has also osteogenic properties, it is critical to differentially control chondrogenic and osteogenic properties of BMP-2 when used withMSC. Strategies for this control are presented in this review.Most likely, this is the combination of growth factors such as BMP-2 with biomaterials that will lead to the successful use of MSC for cartilage repair. VER MATERIA

Efeitos de aerossol revestidos com hidroxiapatita em células-tronco mesenquimais

The bioactive properties of hydroxyapatite (HAP) are evaluated for applications involving the enhancement of biocompatible prostheses by seeding human pluripotent mesenchymal stem cells (MSCs). The in vitro response of humanMSCs seeded on aerosol–gel HAP coatings is addressed in this work. The processing of the HAP coatings has been carried out by the aerosol–gel technique using calcium nitrate and triethylphosphate as starting precursors. The characterization of the coatings was carried out by using transmission electron microscopy, Fourier transform infrared spectroscopy, scanning electron microscopy, energy disperse X-ray microanalysis, and surface force microscopy, which confirmed the high performance of the HAP coatings. In vitro tests show that humanMSCs adhere to aerosol–gel-derived HAP coatings and show proliferation signals on these surface. VER MATERIA

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Detecção de Mycoplasma em culturas de células

A simple and rapid method for the detection of mycoplasmas in mammalian cell cultures has been developed on the basis of the enzymatic activity of adenosine phosphorylase. This enzyme, which has been found in high activity in mycoplasmas in contrast to mammalian cells, catalyzes the transformation of 6-methylpurine deoxyriboside (6-MPDR) into the two cytotoxic products 6-methylpurine and 6-methylpurine riboside and is the basis of an established indirect cytotoxicity test for mycoplasmas. In this study estimation of parasitic incidence relies on the direct visualization of the enzymatic conversion of 6-MPDR by isocratic ion-pair reversed-phase high-performance liquid chromatography. The final result of the test is available after 3 to 24 h of incubation of the cells together with the indicator metabolite 6-MPDR and depends on the adenosine phosphorylase activity of the respective mycoplasma species. The direct detection of enzymatic activity results in a high sensitivity, allowing the observation of infections that could not be found by the indirect cytotoxicity test. Comparison of the direct adenosine phosphorylase activity test with other commonly used methods reveals distinct cost and time advantages. Ver artigo (Enzyme and microbial Technology) ou (Nature)

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Modelos in vivo, in vitro e ex vivo para avaliar a absorção e deposição pulmonar de aerossóis

Apesar do interesse na entrega sistemática de moléculas terapêuticas, incluindo proteínas e peptídeos macromolecular através do pulmão, a avaliação Biofarmacêutica ainda é uma tarefa desafiadora do ponto de vista experimental. As abordagens in vivo, em pequenos roedores,  continuam a ser o principal esteio da avaliação, em virtude da aquisição direta de dados farmacocinéticos mais significativo, quando é dada atenção à administração reproduzível e controle da distribuição seletiva regional através de métodos mais sofisticados de administração, tais como a instilação forçada, microspray, nebulização e puff em aerosol. Uma variedade de células epiteliais do pulmão e epiteliais alveolar (AE) quando cultivadas pode oferecer uma nova oportunidade para esclarecer a cinética e os mecanismos de transporte de drogas transepitelial. Embora as linhas de células, Calu-3 e 16HBE14o, mostrarem potencial primário, modelos de cultura de células de rato e de origem humana podem ser de maior utilização, em virtude de suas junções intercelulares que discriminam a cinética de transporte de diferentes entidades terapêuticas. Enquanto isso, o modelo intermediário ex vivo de pulmão isolado perfundido (IPL) aparece para resolver as deficiências in vivo e in vitro. Este modelo ex vivo tem se mostrado ser cineticamente preditivo in vivo, no que diz respeito à disposição de macromoléculas, apesar das limitações, relativo a períodos de 2-3 h e provável ausência de circulação brônquica. Dadas as vantagens e desvantagens de cada modelo, os cientistas devem fazer a seleção adequada e atentar para o melhor modelo em cada fase do programa de investigação e desenvolvimento, proporcionando o progresso eficiente para ensaios clínicos para o futuro de entidades terapêuticas para entrega sistêmica. VER MATERIA (clique) ou (clique)

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Estudo comparativo de quatro probes fluorescentes para avaliação de citotoxicidade em células NK

Cytotoxicity is one of the major defence mechanisms against both virus-infected and tumor cells. Radioactive (51)chromium ((51)Cr) release assay is a "gold standard" for assessment of natural killer (NK) cytolytic activity in vitro. Several disadvantages of this assay led us to design alternative tools based on flow cytometry analysis. Four different fluorescent dyes, calcein acetoxymethyl ester (CAM), carboxyfluorescein succinimidyl ester (CFSE), Vybrant DiO (DiO) and MitoTracker Green (MTG) were tested for labeling of NK target K-562 cells. Target staining stability, spontaneous release of fluorochromes and subsequent accumulation in bystander unstained cells were measured using fluorimetry and flow cytometry. Healthy donor peripheral blood mononuclear cells and affinity column purified NK cells were used as effectors coincubated with target K-562 cells at different E:T ratios for 3h and 90 min, respectively. Fluorescent probe 7-amino-actinomycin D was used for live and dead cell discrimination. Bland-Altman statistical method was applied to measure true agreement for all CAM-(51)Cr, CFSE-(51)Cr, DiO-(51)Cr and MTG-(51)Cr pairs analyzed. Based on the data, none of the four proposed methods can be stated equivalent to the standard (51)Cr release assay. Considering linear relationships between data obtained with four fluorochromes and (51)Cr release assay as well as linear regression analysis with R(2)=0.9393 value for CAM-(51)Cr pair, we found the CAM assay to be the most closely related to the (51)Cr assay.
ver matéria (sciencdirect)

sábado, 6 de novembro de 2010

Receptores nucleares e co-ativadores da transcricão genica em doencas inflamatórias

A regulação espacial e temporal da expressão gênica é um meio importante através onde células respondem aos sinais fisiológicos ou do meio ambiente. Fatores de transcrição que se ligam ao DNA, co-reguladores da transcrição que não se ligam ao DNA e a maquinaria da RNA polimerase II são elementos capazes de modular de maneira adequada (isto é, apropriada do ponto de vista do desenvolvimento e específico para aquele estímulo) o padrão de expressão gênica. Receptores nucleares (NRs) abrangem uma superfamília de fatores de transcrição que, uma vez ativados por ligantes, podem se acoplar ao DNA e tanto ativar quanto reprimir a expressão gênica. São conhecidos hoje 49 genes que codificam receptores nucleares, incluindo alguns que ainda não tem ligantes conhecidos (NRs "órfãos"), outros cujos ligantes foram identificados somente recentememente (NRs "órfãos adotados") e os receptores de esteróides, que foram os primeiros NRs a serem descritos. Excetuando-se os receptores de glucocorticóides, cuja função sempre foi ligada à inflamação, os demais NRs foram inicialmente conhecidos por controlarem vias metabólicas, reprodutivas ou de desenvolvimento. Todavia, mais recentemente passou-se a demonstrar a importância desses fatores de transcrição na modulação do processo inflamatório, tanto em modleos experimentais quanto em pacientes. Exemplo mais conhecido é o papel dos PPARs, especialmente o PPAR³ como modulador da inflamação em doenças cardiovasculares.Os co-ativadores da transcrição gênica compartilham com os receptores nucleares não só sua localização, mas também a capacidade de controlar a homeostase e o metabolismo celular. PGC-1 ("PPAR-gamma coativator 1") é o mais estudado desses co-ativadores, devido à sua importância em doenças cardiovasculares). Ao contrário dos NRs, porém, o papel desses co-ativadores no controle do processo inflamatório ainda não foi investigado. Ver matéria 1 ou 2 ou 3

Efeito da insulina na inflamação pulmonar secundária a sepse, na ativação do gene BGK e nos receptores IR-A e IR-B

Na sepse por CLP, o LPS das bactérias Gram-negativas, contribui de forma importante para SARA, por ativação dos TLRs. Resultados recentes mostram que a capacidade fagocítica de MAs de ratos diabéticos para alvos opsonizados por IgG está diminuída em comparação com MAs de animais sadios. Portanto, a  atual hipótese de trabalho é a que insulina possa modular a inflamação e a imunidade inata no pulmão durante a sepse. Assim, estudar a intervenção da insulina na inflamação pulmonar decorrente da sepse, analisando os mecanismos moleculares (produção/liberação de citocinas, expressão de moléculas de adesão e vias de sinalização envolvidas é uma tarefa a ser alcançada. Em paralelo, deverá ser estudado o papel da insulina na imunidade inata no pulmão analisando a atividade fagocítica e microbicida dos MAs. Para tanto deverão ser avaliados: a) o número de células no lavado broncoalveolar, o leucograma e a glicemia (monitor de glicose); b) os níveis sérico de corticosterona e insulina (ELISA); c) as concentrações de citocinas (ELISA); d) a expressão de moléculas de adesão no endotélio vascular (imunohistoquímica; e) o índice fagocítico e a atividade microbicida contra K. pneumoniae dos MAs (microscopia óptica); e f) a expressão das enzimas COX-2 e iNOS, das moléculas envolvidas na sinalização intracelular e a expressão do receptor TLR-4 no pulmão (Western blot). Ver matéria íntegra

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Protocolos dos anestésicos comumente utilizados em animais de pequeno porte


Boa parte das informações pertinentes a este tópico podem ser consultadas na página do Comitê de Ética em Experiemntação animal.  Para mais detalhes clique aqui:(consultar) ou (working with rats) ou DUKE

Proteinas antiinflamatorias anexina-a1 e galectina-1

A resposta inflamatória é controlada pela ação de mediadores antiinflamatórios que atuam para manter a homeostasia da resposta imunológica e prevenir a injúria tecidual. Entre os mediadores, destacamos a anexina-A1 (ANXA1) e a galectina-1 (Gal-1), proteínas que atuam como moduladores endógenos da inflamação, particularmente regulando o processo de transmigração de leucócitos, sobretudo neutrófilos. Para a ANXA1, o papel inibitório parece estar associado com a alteração da expressão ou da ativação das moléculas de adesão como a L-selectina e a integrina nos sítios de inflamação, enquanto a Gal-1 parece interagir com a integrina. No entanto, os mecanismos que envolvem a ação destas proteínas ainda permanecem obscuros. Por estas razões, será importante investigar a co-localização ultra-estrutural das moléculas de adesão, sobretudo integrina e L-selectina, com as proteínas antiinflamatórias ANXA1 e Gal-1 nos leucócitos e nas células endoteliais, utilizando um modelo in vivo de peritonite aguda induzido pelo zimosan, em diferentes tempos (0, 4 e 24 horas). Além disso, monitorar e comparar os efeitos farmacológicos do tratamento com estas proteínas sobre a expressão das moléculas de adesão, integrina e L-selectina, utilizando o método de citometria de fluxo. VER MATERIA e protocolo

Células B-1 modulam a atividade fagocítica de macrófagos in vitro via IL-10

Considerando que macrófagos são células essenciais na resposta inflamatória, foi investigado a possível influência das células B-1 sobre a atividade de macrófagos in vitro. Os resultados mostraram que macrófagos peritoneais de camundongos Xid, que são deficientes de células B-1, possuem maior índices fagocíticos quando comparados com macrófagos de camundongos wild-type. Além disso, macrófagos de camundongos Xid são capazes de produzir maiores níveis de óxido nítrico e peróxido de hidrogênio quando comparados aos macrófagos de camundongos controle. Experimentos utilizando co-cultura de células B-1 e macrófagos de camundongos Xid demonatraram que células B-1 inibem a atividade de macrófagos. Porém células B-1 provenientes de camundongos KO-IL10 não são capazes de inibir a atividade de macrófagos invitro. Portanto, foi demonstrado que células B-1 modulam negativamente a atividade efetora de macrófagos in vitro via IL-10. VER MATERIA

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cicatrização sem danos colaterais

A edição da última sexta-feira, 15 de outubro, da revista científica norte-americana Science circulou com imagens consideradas inéditas de etapas do movimento de neutrófilos cercando conjunto de células mortas no fígado de camundongo. As fotografias, extraídas de filmagem realizada por quatro horas ininterruptas com equipamento de alta resolução, vão além de mera ilustração: elas possibilitaram demonstrar que, na sequência de rotas tomadas pelos neutrófilos em sua missão de proteger o organismo de infecções, uma classe de molécula atua como extraordinário farol na sinalização do local exato das células necrosadas. O presente trabalho foi desenvolvido pela equipe do Prof Gustavo de Menezes (UFMG). Ver artigo e vídeo.